sexta-feira, 8 de junho de 2012

Capítulo 6


(Alice)

Na minha opinião a festa não estava grande coisa. E até achava que ia acabar mal! Reparei que alguns dos rapazes da equipa de futebol tinham levado bebidas alcoólicas ilegalmente para a festa, e tinham andado a distribui-las pelo resto da equipa.

Desde que entrei e que o Caetano decidiu ir buscar bebidas para nós, nunca mais o vi. Estava completamente sozinha a ver casaizinhos apaixonados a agarrarem-se no meio da pista de dança. Ainda o tentei encontrar, mas depois de percorrer duas vezes a sala toda acabei por desistir.

Só me restava olhar para as mesas que me rodeiavam,a maior parte estava repletas de casais, à exceção de uma da qual tinha acabado de sair uma rapariga deixando um rapaz sozinho.

Já que não tinha nada melhor para fazer comecei a analiza-lo, ele parecia ser um rapaz alto, magro, com cabelo loiro e liso e muito bonito com um olhar sedutor.

Reparei que ele também olhava para mim, acho que ele notou que eu o estava a analisar, dei-me conta da minha falta de delicadeza ao olhar assim para ele.Fiquei envergonhada e decidi parar de olhar.

Pelo canto do olho notei que ele se levantou e que estava a caminhar na minha direção, fiquei cheia de medo com receio de ele vir tirar satisfações comigo por o estar a observar tão descaradamente... talvez eu estivesse a ser paranoica, talvez ele nem tenha reparado que eu o observava e esteja a caminho de qualquer outro sitio.

Tentei acalmar-me com esse pensamento. O meu coração parecia que ia sair pela boca. Decidi olhar para os meus sapatos para tentar esconder com o cabelo a minha cara vermelha de vergonha.

- Olá! Desculpa! – Senti uma mão no meu ombro e olhei para ver quem era.- Aceitas dançar comigo? Reparei que estavas sozinha e uma menina tão bonita como tu não deve ficar sozinha.

Fiquei atónita, sim ele estava a dirigir-se para mim, pois eu certifiquei-me disso olhando à minha volta e não encontrei mais ninguém próximo. Reparei que tinha a mão estendida e tinha um ar aprensivo pela minha demora em responder-lhe.Ele era adorável e ainda mais bonito de perto.

Quando reparei já tinha aceitado a mão dele e ele já estava a puxar-me para o centro da pista de dança.

As mãos dele rodearam a minha cintura e eu, excitantemente, coloquei as minhas mãos à volta do seu pescoço.

-Desculpa nem me apresentei. Sou o Richard Turner- Disse sorrindo-me- Com quem tenho o prazer de dançar?

-Alice Carvalho, prazer.- Respondi-lhe sorrindo pela formalidade dele.

- Então Alice Carvalho, vieste sozinha ao baile?

-Não, mas o meu par desapareceu mal chegamos e ainda não voltou a aparecer.- Respondi frustrada por o Miguel me ter abandonado.

- Parece que é o meu dia de sorte, a rapariga mais bonita da festa a ser o meu par de dança a noite toda, isto é, se aceitares claro!

- Aceito, será um prazer, até porque provavelmente iria ficar o resto da noite sentada naquela cadeira a deprimir se tu não aparecesses...

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A noite estava a ser maravilhosa o Richard é maravilhoso, falamos e dançamos a noite toda, não nos cansavamos de perguntar coisas um ao outro, eu estava muito curiosa e com vontade de saber tudo acerca dele, e acho que o sentimento era reciproco, falamos sobre tudo, desde qual profissão queriamos seguir até a respectiva cor preferida, até que já não aguentando dançar mais decidimos ir beber alguma coisa ao bar.

- Um sumo de laranja.- Pediu ele ao barman.- E tu o que queres?

-O mesmo.- Respondi diriguindo-me ao barmen.

Depois de o barman nos entregar as bebidas que pedimos seguimos para uma mesa, onde nos sentamos a conversar e a descançar.Qaundo de repente aparece uma das raparigas que tinha servido de guia no meu primeiro dia, a Bell, se não me engano,saida sabe lá deus de onde, completamente bêbada e sentando-se no colo do Richard beija-o.

Ei,Caroline pára.- Disse o Richard tentando afasta-la notando o seu estado de embriagues.

-Onde estives-te, amor andei a noite toda a tua procura.- Disse voltando a beija-lo

Não podia acreditar. Como é que ele podia ter dançado comigo a noite toda e dito aquelas coisas tendo namorada? Acho que só se queria divertir comigo, e eu feita burra acreditei no que ele disse. Não entendi porque fiquei muito incomodada, mas eu não conseguia ver mais aquilo. Levantei-me e segui em passo apressado para fora do salão de baile. Já no corredor comecei a correr para o meu quarto. Comecei a senir-me muito mal, como se tivesse levado um murro no estomago e não conssegui impedir-me de começar a chorar. Não conseguia acreditar que tinha sido tão estúpida e acreditado nele...

Depois de tomar banho e de ter vestido o pijama deitei-me e acabei de adormecer embalada pelo meu proprio choro.


(Kika)

            Estavamos todos sentados numa grande mesa redonda. O ambiente era de grande animação. O James e o David estavam a ser uns queridos para nós, estavam a tentar fazer com que nós nos sintissemos confortáveis e integradas no grupo, apesar de o Campbell e a Any não se estarem a dar muito bem. Ainda não pararam de lançar bocas e olhares hostis um ao outro desde que se conheceram, e nem a seção de namoro que parecia que não ia acabar nunca entre o Campbell e a namorada os impedia.

            - Agora é que a festa vai começar!- Disse o Schoot ao pousar duas garrafas em cima da mesa, sendo imitado por mais dois rapazes que vinham com ele.

            - Boa Schoot! Só tu para conseguires trazer álcool para a festa! – Disse o James enquanto todos, à exceção de mim e de Any, pegavam numa garrafa.

            - Não bebem? – Perguntou o Gray quando reparou que eu e a Any não pegamos em nenhuma garrafa.

            - Não obrigada. – Disse a Any com receio.

            - Tens medo de te descontrolares e de te atirares para cima de mim outra vez?- Perguntou-lhe o Campbell rindo-se e fazendo a namorada rir-se estericamente.

            - Querias mesmo que isso acontecesse, não querias? Não te preocupes não tenho intensão de me embebedar a esse ponto, acho até que isso é impossivel de acontecer por mais que eu beba. Mas talvez sejas tu que estás a beber para teres uma desculpa para te atirares para cima de mim.- Respondeu-lhe a Any pegando numa garrafa.

            Enquanto eles continuavam a discussão, o James tentava convencer-me a beber.

            Depois de tanta insistência, acabei por aceitar. Uma não devia fazer mal!

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Mas uma seguida de mais umas quantas faz mal! Estava tão enjoada e com náuseas…

            Acabamos por despejar as garrafas todas. A namorada do Campbell até desmaiou no colo dele.

            - Tá tudo bem? Queres ir apanhar ar? – Perguntou-me o James preocupado, enquanto se tentava levantar.

            - Sim, vamos até lá fora… -Respondi-lhe.

            Seguimos até ao jardim apoiados um no outro.

            Quando lá chegamos, sentei-me no primeiro banco que me apareceu. Ainda estava pior do que quando estava lá dentro, via tudo a dobrar.

            - Queres que te vá buscar um copo de água? – Perguntou-me o James afastando o meu cabelo da minha cara notando que eu estava prestes a vomitar.

            Eu respondi afirmativamente com a cabeça. Acho que nem força tinha para falar.

            -Ok- Disse seguindo de seguida para dentro da escola.

            Senti a minha cabeça zonza e à roda. Tentei-me levantar, achei melhor avisar o James que o melhor era eu ir para o meu quarto dormir.

            Depois de dar o primeiro passo em direcção à porta acabei por cair e desmaiar.

            Quando voltei a acordar, dei-me conta que estava em movimento no colo de alguém conseguia sentir os braços dessa pessoa a minha volta. Mas não consegui abrir os olhos, pois estava muito zonza e sentia que se os abrisse acabaria por vomitar.

            -Ei, estas acordada?

            -Sim-respondi eu sem forças tentando fazer a minha voz sair mais forte que um sussuro

            -Tens que me dizer qual é o número do teu quarto.- Disse carinhosamente apertando-me mais.

            -107.

            -Ok, volta a dormir.

            Decidi seguir o conselho dele, encostei a minha cara ao seu peito e tentei adormecer, quando chegamos ao quarto senti-o deitar-me com muito cuidado na cama,tirar-me os sapatos e cobrir-me.

            -Boa noite-disse beijando-me a testa e aconchegando os cobertores a minha volta.      



(Anita)

            - Tás com ciúmes? – Perguntou-me o Campbell sem transmitir nenhum som, apenas mexendo os lábios enquanto a Lewis lhe beijava o pescoço.

            Estava eu, o Campbell a Lewis, a Kika, o James, o David e a restante equipa de futebol, com exeção do Turner que ninguém sabia onde se tinha metido desde que começou a festa, numa mesa, com as garrafas que eles tinham trazido já quase despejadas. A Kika, a Lewis e o David eram os que estavam mais bêbedos. A Lewis parecia que podia desmaiar a qualquer momento, mas isso não a impedia de beijar e percorrer todo o corpo do Campbell com as mão.

            Durante um dos seus beijos tórridos acabou mesmo por desmaiar e parecia que a qualquer momento o David e a Kika iam seguir as suas pisadas. Já tava a ficar preocupada com o estado da Kika mas ela recuzava-se a ir embora.

- Tá tudo bem? Queres ir apanhar ar? – Perguntou o James à Kika, com um ar preocupado, enquanto se tentava levantar.

- Sim, vamos até lá fora… -Respondeu-lhe.

            E seguiram até lá fora por uma das portas laterais apoiados um no outro. O David desistiu de tentar paracer sobrio e apoiou a cabeça no meu ombro.

            Naquele momento as pessoas que se encontravam mais sóbrias na mesa ou mesmo as mais acordadas, eram eu e o Campbell. O Schoot e o resto do pessoal tinham decidido ir para o meio da pista fazer figuras idiotas.

            Eu já tava a achar que tinha sido uma pessima ideia ter bebido, sentia a cabeça pessada e já via, como se não bastasse um, dois Campbeells. De repente o idiota para reforçar a sua estupides e para eu ter ainda mais vontade de esgana-lo pega numa das  flores que se encontravam numa jarra no centro da mesa e oferecendo-ma disse-me:

            - Um dia passei por um jardim e apanhei-te, porque eras a flor mais bela que apareceu para mim.

            - Há quanto tempo foi isso?- Perguntei-lhe pegando na flor que me estendeu e voltando a coloca-la na jarra

            - Foi no dia em que te vi pela primeira vez.

- Então já devo ter murchado. – Respondi eu ao embriagado do Campbell. – Ao menos tens-me regado e posto ao sol?

- Eu sou o teu sol!- Disse sorrindo como um lunatico e abrindo os braços.

- Então a fotossíntese não tem ocorrido lá muito bem. Quando me iluminas apetece-me fugir para o escuro. Nas tuas mãos ainda morro.

- Ficas melhor com David?

- Claro que fica.- Respondeu o David lançado os braços à volta do meu pescoço.- Queres casar comigo?-  Perguntou tentando olhar para a minha cara, sem muito sucesso.

- Falamos disso amanha, quando estiveres mais sóbrio.- Respondi-lhe fazendo festas no seu cabelo, e obrigando-o a voltar a encostar a cabeça no meu ombro, para ver se ele adormecia e deixava de responder ao outro bebado.

- Amanhã quando a vires vais fugir dela.- Disse-lhe o Campbell.

- Não vou nada. Ela é a mulher da minha vida.- Disse num tom de voz muito elevada enquanto se levantava, fazendo com que muitas pessoas que estava ao nosso lado olhassem para nós e rissem-se. Que sorte que eu tive, aturar dois bebados numa noite em que nem eu estava muito sobria, com uma tipa desmaiada no colo de um e com receio de que o outro vomitasse para cima de mim.

- Qualquer dia apareces grávida…- Disse rindo-se cinicamente.

- Pelo que vejo tu ainda vais ser pai primeiro do que eu.- Respondi-lhe irritada enquanto olhava para a Lewis que estava desmaiada no seu colo.

Vindo do meio da pista, apareceu o Ted, um dos jogadores da equipa de futebol.

- Meninos, não acham que já está na hora de ir para a caminha? E pelo que vejo vou ter que ser eu a levar a Emma ao colo. Tom, tu e a Castro acham que conseguem levar o David para o quarto?

- Claro que conseguimos! – Respondeu levantando-se e tropeçando nos proprios pés, fazendo com que a Lewis que estava no seu colo caísse para o chão.

Com muito custo lá o levamos tropessando a cada 3 passos. Quando chegamos ao quarto, ao tentarmos deitar o David na cama o Campbell tropeçou numa pata da cama fazendo com que caissemos, O David foi parar no chão e eu cai de costas na cama com o Campbell encima de mim.

- Ouw, vai com calma, lembras-te que eu recebi um pedido de casamento hoje?- Disse ironicamente recordando a frase que ele me tinha dito no início da noite, tentando afasta-lo com as mão, tarefa complicado, parecia que pesava uma tonelada.

- Há química entre nós. Os nossos corpos atraem-se nas quedas. Acerca do casamento, não te preocupes eu não sou ciumento.- Respondeu-me rindosse e colocando uma mão de cada lado da minha cabeça dificultando-me ainda mais a tarefa de escapar

- Mas eu sou!- Disse o David levantando-se e empurrando o Campbell para o chão deitando-se ao meu lado e abraçando-se a almofada acabou por adormecer.

Ainda tentei levar o Campbell para o quarto dele, mas o anormal nem se levantar conseguia. Acabei por o deitar na cama ao lado da do David. Depois disto dirigi-me ao meu quarto, onde já se encontravam a dormir a Kika e a Alice. Sem vontade de fazer nada, acabei por me deitar na cama e adormecer de vestido.



           

                 

                    


      





           


7 comentários:

  1. ai meu Deus! há mesmo química entre eles! mas nao só entre a anita e o campbell, entre os outros dois casais tambem ha
    estou mortinha por ver o que se segue, por favor nao me deixem muito tempo à espera ;)

    beijinhos
    Beatriz Costa*

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  2. QUANDO É QUE VAO POSTAR MAIS ESTOU ANSIOSA

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  3. quando vão publicar o próximo?

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  4. Em breve publicaremos um novo capítulo...

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  5. Acho a ideia de mostrarem as personagens muito boas! Assim quando estamos a ler conseguimos imagina-las! Estou a adorar.
    Criei agora o meu proprio blog. Deixo-te aqui, caso estejas interessada.
    http://underneathabeautifulface.blogspot.pt/
    Tem algumas partes em inglês, espero que não seja impedimento para o puderes ler.
    Bj, obrigada!

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